Manutenção preventiva X manutenção preditiva: conheça as diferenças!

Se você não tem realizado um planejamento estratégico de conservação do seu maquinário e dos equipamentos, cuidado. Isso pode significar perdas consideráveis, não apenas em questões financeiras, mas também em paralisações não programadas capazes de afetar a sua produção e a qualidade dos seus produtos.

Quer entender melhor sobre o assunto? Continue a leitura!

Manutenção preventiva

É a manutenção planejada e programada, baseada em um calendário e rotina de manutenção, como idade do equipamento, histórico de falhas anteriores ou recomendações do fabricante. Neste tipo de manutenção, alguns componentes do maquinário são removidos e substituídos antes do fim da sua vida útil.

O principal objetivo é reduzir a probabilidade de falhas, avarias ou degradações dos serviços prestados. Assim, podemos entender que essa manutenção é aquela feita de maneira programada e preparada, antes que algum problema venha, efetivamente, a surgir.

Alguns exemplos de procedimentos típicos da manutenção preventiva são: calibração e aferição dos equipamentos, trocas periódicas de lubrificantes, verificação dos sistemas elétricos etc.

Como essa é uma intervenção programada, os danos e desgastes dos equipamentos costumam ser menores, permitindo que as máquinas operem com o máximo desempenho e, claro, otimizando os custos ao impedir, por exemplo, que a reposição de componentes e peças comprometam o orçamento empresarial.

Porém, é importante destacar que esse tipo de manutenção costuma ser realizado mesmo sem que o maquinário apresente danos reais. Ou seja, pode ser que, em algum momento, a sua empresa acabe tendo gastos sem que haja uma necessidade real e imediata de intervenção.

Isso acontece porque, na manutenção preventiva, se tem uma visão mais generalista da máquina, sem considerar o seu modo de uso, o que pode acabar gerando uma série de variáveis capazes de interferir na vida útil do equipamento.

Além disso, se não forem realizadas de forma adequada, essas intervenções podem causar mais problemas que benefícios. Um exemplo é a troca inadequada de peças ou os erros na calibração e aferição dos equipamentos.

Vantagens

Realizar um plano estratégico de manutenções preventivas é algo essencial para qualquer empresa, afinal, essas intervenções programadas oferecem vantagens importantes, como:

• possibilidade programar as intervenções (sabendo quando as linhas de produção deverão ser paralisadas);
• garantia de um melhor estado técnico dos equipamentos;
• redução do envelhecimento e da degeneração dos maquinários e componentes;
• possibilidade de impedir problemas e falhas técnicas que podem trazer custos elevados à empresa.

Manutenção preditiva

Diferentemente do que pode parecer em um primeiro momento, a manutenção preditiva não substitui a preventiva (e não dispensa a sua necessidade). Ao contrário, ela funciona como um complemento.

Esse tipo de manutenção se baseia na análise de dados obtidos do maquinário e tem a função de prever quando um equipamento precisará de reparos, em vez da simples substituição de uma peça ao final de um tempo previamente estipulado.

Assim, é possível detectar de maneira prévia possíveis defeitos propícios a causar panes e falhas, o que evita manutenções antecipadas e a parada da linha de produção sem necessidade. A manutenção preditiva é feita por meio da utilização de técnicas de monitoramento, tais como análise de óleo, de vibração e da estrutura dos equipamentos.

Como os nomes são bem semelhantes, várias pessoas acabam confundindo a manutenção preventiva e preditiva. A principal diferença é que a preditiva se baseia em uma inspeção sistemática que considera as condições reais do funcionamento dos equipamentos, sem levar em conta cronogramas ou índices.

Assim, a manutenção preditiva é aquela capaz de identificar problemas de desempenho que estejam acontecendo ou que possam vir a ocorrer em um futuro próximo por meio de análises dos dados obtidos dos maquinários e de técnicas de monitoramento não destrutivas.

Vantagens

São muitas as vantagens desse tipo de manutenção, como:

• detecção antecipada de possíveis falhas e problemas;
• aumento da segurança dos equipamentos e da vida útil de todos os componentes;
• antecipação das intervenções da manutenção corretiva;
• redução do custo com manutenções, já que as intervenções são feitas em momentos precisos a partir de um monitoramento mais exato;
• equipamento disponível durante todos os processos de medição (ao contrário da preventiva que exige interrupções na produção para as intervenções programadas);
• aumento na produtividade.

Principais métodos

Dependendo dos tipos de máquinas da sua empresa, podem existir técnicas preditivas mais ou menos indicadas. Algumas que costumam ser bastante utilizadas estão listadas abaixo.

Vibrações

Enquanto estão funcionando, as máquinas produzem vibrações que podem acarretar desgastes. Assim, analisar e acompanhar a evolução dessas vibrações é essencial para levantar dados sobre as condições dos seus equipamentos.

Para isso, são usados aparelhos chamados de analisadores de vibrações, que permitem detectar e antecipar falhas em engrenagens, problemas de lubrificação, entre outros.

Fluidos

A ideia é promover o uso racional dos lubrificantes e corrigir os defeitos. O monitoramento indica o momento ideal para que os óleos e lubrificantes sejam trocados ou renovados, tanto nos equipamentos como nos seus componentes.

Assim, é possível otimizar o tempo entre cada troca de óleo, tornando o seu uso mais econômico. Esse procedimento é feito por meio de uma série de técnicas laboratoriais.

Estrutura

É por meio da análise estrutural que se consegue detectar a ocorrência de rachaduras, fissuras, bolhas e outros danos estruturais às máquinas e componentes.

Para isso, podem ser usadas técnicas de ultrassom, radiografia, ecografia, entre outras, que permitem coletar dados precisos sobre cada uma das suas máquinas.

Organização efetiva da manutenção

Ainda não está clara a diferença entre manutenção preventiva e preditiva? Imagine o funcionamento do seu carro. A maioria das montadoras sugere que a troca de óleo seja feita, em média, a cada 10 mil quilômetros ou ao final de um ano de rodagem. Trocar o óleo do motor ao término deste período pode ser considerado como uma manutenção preventiva.

Mas, pode ser que antes do período médio de troca, algum problema venha a ocorrer com o óleo do motor. Para perceber essa situação, você poderia usar análises regulares da vareta de óleo. Isso poderia ser considerado como uma manutenção preditiva.

Tanto a manutenção preventiva como a preditiva têm pontos positivos e negativos. Por isso, é fundamental que o gestor realize um diagnóstico preciso em relação à estrutura e às necessidades da sua empresa. O ideal, contudo, é desenvolver um programa de manutenção que inclua esses dois processos. Assim, a sua empresa conseguirá ter um processo de produção eficiente, seguro e com menores custos agregados.

Depois de ler este conteúdo, ficaram mais claras as diferenças entre manutenção preventiva e preditiva? Se você ainda tem alguma dúvida, ou deseja contribuir com essa discussão, deixe um comentário com a sua opinião!