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29/08/18 | Gestão de Empresas | Nenhum comentário
A gestão financeira é sempre uma das áreas mais sensíveis de qualquer empresa. Controlar o fluxo de caixa direto e indireto evita erros e garante que a empresa esteja preparada para enfrentar momentos de adversidade. O contrário também é verdade: sem uma gestão financeira adequada, mesmo negócios com aumento de receita podem enfrentar sérios problemas. Uma das ferramentas mais usadas para fazer o controle das finanças empresariais é o fluxo de caixa. Isso porque, ele demonstra todas as entradas e saídas da empresa, permitindo que o gestor elabore um planejamento adequado.
Neste artigo,vamos explicar como funciona a demonstração de fluxo de caixa, o significado de fluxo direto e indireto, a importância de utilizá-los e os principais erros que podem ocorrer na gestão dessa ferramenta. Continue a leitura para saber mais!
Antes de entender como funcionam o fluxo de caixa direto e indireto, é preciso compreender o que é a DFC (Demonstração do Fluxo de Caixa). Trata-se de um relatório financeiro que mostra tudo o que entrou e saiu do caixa do seu negócio em um determinado período. Para isso, utiliza informações do balanço patrimonial e do Demonstrativo de Resultados de Exercício (DRE).
Tanto o fluxo de caixa direto quanto o indireto são usados na elaboração da DFC. Esse é um tipo de relatório muito útil para os gestores do negócio, na medida que mostra a capacidade que a empresa tem de gerar lucro por meio das suas atividades principais.
O fluxo de caixa direto aponta todos os valores — pagamentos e recebimentos — que a empresa movimentou em um determinado período. Assim, é possível visualizar claramente, todos os resultados brutos da empresa. Ele utiliza o regime de caixa (e não o de competência) e é o método mais comum atualmente.
A grande vantagem é que o fluxo de caixa direto possibilita obter informações rapidamente e ter dados atualizados, o que é muito útil para os gestores do negócio. Além disso, vale frisar que esse método de apuração precisa conter os seguintes parâmetros.
O fluxo de caixa indireto, começa pela análise do lucro líquido, avaliando os impactos no fluxo de caixa. Dessa forma, o gestor consegue verificar as mudanças no giro do negócio em um determinado período. Para a sua elaboração, é preciso usar o balanço patrimonial do início do período e o do fim do período, além do DRE.
Diferentemente do método direto, ele não fornece uma visão de entradas e saídas, uma vez que é feito pelo regime de competência. A ideia é analisar a variação de caixa naquele período do ponto de vista contábil. Assim, ele demonstra a diferença entre o caixa real e o saldo das demonstrações contábeis.
Em primeiro lugar, esse tipo de análise constitui um dos primeiros princípios de uma gestão empresarial pautada em um bom planejamento financeiro. É dessa forma que os relatórios originados poderão embasar corretamente a decisão de quando colocar em prática um processo de expansão das atividades da empresa, por exemplo.
Para isso, a DFC entra em cena indicando como se dará o fluxo de recursos na organização e se eles serão suficientes para executar o planejamento. No entanto, mesmo para atividades básicas como o pagamento de impostos, a análise será necessária. Portanto, deve fazer parte do cotidiano da gestão.
Por fim, esse tipo de observação permite que sejam efetuadas operações de crédito mais bem estruturadas. Nem sempre um negócio consegue crescer apenas com recursos próprios, sendo necessária a tomada de empréstimos na forma de algum financiamento. Nesse momento, a análise de fluxo de caixa permite tomar o risco com muito mais clareza, trazendo o fluxo futuro a valor presente.
Acompanhe a seguir os principais equívocos cometidos no gerenciamento de um fluxo de caixa empresarial.
Não é incomum que alguns empresários deixem de lançar valores no fluxo de caixa ou que façam lançamentos de maneira incorreta. Geralmente, o primeiro caso ocorre quando o valor a ser lançado é julgado “pequeno” demais. No entanto, todo e qualquer numerário precisa ser devidamente anotado.
Já os lançamentos incorretos ocorrem, em sua maioria, pela troca do valor recebido com o valor da venda. Isso acontece em operações a prazo, quando o número lançado no fluxo é o da venda em si. Isso é um erro, pois o correto é lançar o dinheiro que efetivamente entrou no caixa da empresa. Para pagamentos, a lógica deve ser a mesma.
Toda organização tem seus recebimentos e gastos principais concentrados em algumas categorias. Não efetuar a correta distinção entre as classes é alimentar a improdutividade. Além disso, sem elas, não é possível ter uma visão mais ampla do setor financeiro de um negócio.
Já quando os recebimentos e (principalmente) os gastos são segmentados, é possível compreender melhor o uso do capital da companhia. Dessa forma, pode-se direcionar melhor os recursos, cortando gastos e investindo em áreas estratégicas da companhia.
Por incrível que pareça, mesmo quando os dois tópicos anteriores são bem executados, pode acontecer desse terceiro ponto atrapalhar, o que seria uma gestão financeira ineficiente. Estamos falando do acompanhamento periódico das informações, ou seja, uma análise precisa de tempos em tempos que sejam previamente definidos e corretamente executados.
A razão para isso ser tão importante é que sem um olhar com uma periodicidade definida não há como saber se a companhia está evoluindo ou tendo prejuízos. É como navegar sem uma bússola e a empresa fica a deriva. Verificar de tempos em tempos (semanalmente, por exemplo) o andamento do fluxo de caixa permite ter uma visão plena da saúde financeira da organização.
Pronto, agora você já sabe como funciona o fluxo de caixa direto e indireto e qual é a função de cada um deles. Assim, a demonstração permite que os gestores se certifiquem de que a empresa terá recursos disponíveis para cumprir suas obrigações legais, além de reunir recursos suficientes no médio e longo prazo para investir em atividades de expansão da empresa. Isso garantirá um crescimento saudável e sustentável ao longo do tempo.
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