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26/06/20 | Gestão de Estoque | Nenhum comentário
Existem alguns procedimentos essenciais em uma empresa que costumam ser vistos apenas como burocráticos ou como cumprimento das obrigações fiscais. Entre eles está a gestão de ativo imobilizado. Todos os empreendimentos que detêm bens imóveis, os quais são usados diretamente na atividade fim do negócio, precisam realizar a gestão desses bens.
Um bom exemplo são as empresas que atuam com o aluguel de máquinas de construção ou máquinas elétricas. Ao ler este artigo, você compreenderá melhor o conceito. Saberá quais são os motivos para fazer uma boa gestão e entenderá de que modo isso deve ser feito. Não perca mais tempo e boa leitura!
A gestão ou o controle de ativo imobilizado é um processo de conhecimento e monitoramento do patrimônio da empresa. Alguns exemplos de ativos caracterizados como imobilizados são prédios, instalações, máquinas e equipamentos, além de mobiliário.
O trabalho de gestão envolve mapear quais são os ativos. Em seguida, é necessário analisar o valor monetário deles, o centro de custo ao qual está relacionado e, por fim, calcular a depreciação dos bens. A intenção dessa atividade é extrair o máximo de valor possível desses bens, visto que recursos foram empregados em sua aquisição. Assim, quanto maior o retorno sobre esse investimento, mais eficiente será a administração da empresa.
Além disso, convém definir bem o que é o ativo imobilizado de uma organização. Por definição, todo ativo com vida útil superior a 12 meses deve ser classificado como tal. Estoques, por exemplo, não entram nessa conta, pois devem ser convertidos em dinheiro o mais rápido possível. Já um parque de máquinas e equipamentos para locação são ativos imobilizados devido ao seu grande tempo de duração.
Estar em dia com a prestação contábil é o principal motivo para realizar o controle de ativos em uma empresa. No entanto, efetuá-lo só por essa razão é pouco. Isso faz com que o processo seja executado com pouca frequência e sem a atenção necessária para um controle eficiente.
É importante ressaltar que a gestão de ativo imobilizado tem diversos outros benefícios para a gestão empresarial. Ao executar um controle efetivo, a empresa evita possíveis furtos, desvios de bens, sonegação de impostos ou pagamentos excedentes. E o mais importante: aumenta o retorno do investimento feito na compra dos ativos de longo prazo, elevando o ROI da operação como um todo.
Além disso, é possível ter uma orientação clara das aplicações necessárias ao negócio. Ativos obsoletos, por exemplo, podem ser realocados para gerar novas receitas. Uma organização que apresenta uma gestão de ativo imobilizado bem feita tem mais facilidade na aprovação de crédito e na atração de investimentos.
Entendendo no que consiste o controle de ativo e a importância de fazê-lo na gestão de empresas, o próximo passo é conhecer as formas de aplicá-lo com eficiência. Acompanhe a seguir!
O primeiro passo é fazer e manter o inventário dos ativos existentes. Essa contabilização consiste em identificar características mais técnicas de cada bem da empresa, como:
Nessa etapa também é feita a plaqueta de identificação, que funciona como a carteira de identidade do bem. Nela está contido um código que facilita o controle da movimentação do ativo, além de atribuir uma identificação única. Isso facilita todo tipo de intervenção que precise ser feita e melhora a visibilidade do parque de ativos de uma organização.
Com os ativos identificados, é hora de fazer uma avaliação dos valores. Essa análise é chamada de valor justo dos ativos, segundo o CPC 46. O principal objetivo é determinar os valores reais e atuais de todos os bens da empresa.
Manter esse registro atualizado contribui para uma correta precificação dos ativos. Esse valor é alterado conforme o tempo passa e ter consciência do valor atualizado contribui para medir o retorno do investimento realizado. Além disso, facilita o acesso a empréstimos bancários, sobretudo aqueles que exigem uma garantia física.
Geralmente, a vida útil de qualquer ativo é indicada pelo próprio fabricante e mostra o período durante o qual o produto terá validade e bom desempenho. No caso da vida útil financeira, a empresa deve olhar para o tempo em que o ativo pode gerar receita para o negócio.
É o caso de máquinas que são alugadas, por exemplo. Seu tempo de vida útil não é indefinido, pois há desgaste conforme ocorre o uso pelos clientes. Além disso, todo equipamento obedece a uma tabela de precificação monetária que decai com o tempo, fazendo com que o aproveitamento do retorno tenha que se dar o mais rápido possível.
A depreciação consiste na perda do valor do ativo imobilizado devido ao uso, ao desgaste ou à obsolescência. Esse cálculo é feito usando o valor residual, o valor justo e a vida útil financeira do bem. Existem algumas fórmulas padrões para o cálculo da depreciação, das taxas e do tempo de vida útil, as quais são determinadas pela Receita Federal.
Conhecer a taxa de depreciação do parque de ativos de uma empresa é crucial para o bom desempenho do investimento realizado. Se um bem deprecia 10% ao ano, por exemplo, a empresa precisa ter a consciência que é necessário que o equipamento retorne esse valor apenas para ficar no zero a zero com o investimento feito. Só a partir daí que se considera o dinheiro entrante como lucro.
Certamente, o primeiro grande desafio na gestão de ativos imobilizados eficiente é contar com uma mão de obra especializada e que tenha domínio do assunto. Infelizmente, ainda são poucos os profissionais que se dedicam a entender a real importância dessa atividade. Como consequência, nem sempre existem pessoas capazes de fazer uma boa gestão em uma organização.
O segundo ponto diz respeito a uma correta elaboração e manutenção de um inventário preciso. Não é raro encontrar empresas que julgam o inventário ser uma atividade sem relevância dentro do negócio, mesmo sendo uma locadora de máquinas, por exemplo. Isso impede que a gestão dos ativos seja realizada.
Por fim, podemos citar a falta de ferramentas adequadas para fazer a atividade. Muitas organizações insistem em não realizar investimentos nessa área e a gestão acaba ficando deficitária. Ter um sistema informatizado, por exemplo, contribui enormemente para o sucesso da atividade. Cálculos automáticos de depreciação e o controle de manutenção podem ser monitorados sem muito esforço com o auxílio desses softwares.
A gestão de ativo imobilizado é um processo básico para qualquer empresa que trabalhe com bens duráveis na sua atividade fim. Mas, por conta dos detalhes envolvidos, torna-se cada vez mais complexo executar esse monitoramento sem o auxílio de softwares de gestão. Ao utilizar a tecnologia, é possível acelerar o processo e obter mais informações para uma tomada de decisão estratégica, aumentando o retorno financeiro da operação.
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